Travis Bradberry, autor do best-seller Emotional Intelligence 2.0 e referência mundial em Inteligência Emocional, escreveu um artigo para o entrepreneur.com onde enumera 11 sinais de um baixo Quociente Emocional (QE).
Devemos alertar que pelo facto de sermos humanos, todos nós passamos por vários sinais que o autor indica, não significando automaticamente que temos uma baixa inteligência emocional. Se apresentarmos estes sinais de forma regular, aí sim, é um grande indicador.
Decidimos traduzir e adaptar esse artigo. Os 11 sinais que Travis Bradberry menciona que uma pessoa com um baixo QE tem, são:
- Stressa rapidamente
As pessoas com uma baixa inteligência emocional tendem a stressar-se rapidamente, pois não gerem de forma saudável as suas emoções e sobrecarregam aquilo que estão a sentir. Quando sobrecarregamos os nossos sentimentos, eles rapidamente transformam-se em sensações desconfortáveis de tensão, stress e ansiedade. - Dificuldade em ser assertivo/a
Uma baixa assertividade pode gerar comportamentos passivo-agressivos. Pessoas com elevado QE tendem a fazer um equilíbrio entre boas maneiras, empatia e bondade, com a habilidade de manterem-se assertivos e estabelecerem limites em simultâneo. - Vocabulário emocional limitado
Todos nós sentimos/experimentamos emoções, mas são poucas as pessoas que conseguem identificar com precisão as emoções à medida que vão aparecendo/à medida que as sentimos.
Emoções sem rótulo -> geram mal-entendidos -> levam a escolhas irracionais e ações pouco produtivas - Tira ilações muito rapidamente e tende a ser defensiva/o
Pessoas com baixo QE tendem a formar opiniões muito rapidamente e deixam-se levar por confirmações enviesadas, isto é, apenas registam as evidências que suportam as suas opiniões e ignoram todas as evidências que defendem o contrário. - Guarda rancor
As emoções desagradáveis servem um propósito. Devemos senti-las, mas não devemos guardá-las e ruminar sobre elas, gerando rancor contra terceiros. - Não se distancia dos seus erros
Focarmo-nos nos nossos erros deixa-nos ansiosos e inseguros. Pessoas com elevado QE distanciam-se saudavelmente dos seus erros, mas não os esquecem. Essa distância de segurança permite que esses erros estejam “à mão” de serem ajustados para tornarem-se sucessos. - Sente-se incompreendido/a com frequência
Pessoas com elevado QE também se sentem incompreendidas com frequência, porque nem sempre transmitem as suas ideias perfeitamente, mas tentam adaptar o seu discurso até que se sejam compreendidas. - Não conhece os seus gatilhos emocionais
Todos nós temos coisas que nos fazem “saltar a tampa”. Todos. Saber quais são essas coisas ajuda-nos a não deixarmo-nos ser dominados por elas. - Nunca fica zangado/a
Existe uma ideia errada que as pessoas com elevada inteligência emocional não se zangam. Ser emocionalmente inteligente não é sobre ser boa pessoa, mas sim sobre gerir as nossas emoções para obter os melhores resultados possíveis. Mascarar emoções não é genuíno, nem produtivo. Tentar mostrar sempre que não estamos zangados, não é uma forma saudável de trabalhar com as emoções. - Culpa terceiros pela forma como lhe fazem sentir
Pessoas com elevada inteligência emocional responsabilizam-se pelas suas emoções. Ninguém nos pode fazer sentir algo, sem a nossa permissão. Podem influenciar e conduzir-nos até lá, claro, mas em última instância, essa reação parte da nossa “permissão”. Embora as emoções surjam de forma automática e inconsciente, temos a seguir a opção de escolher o que vamos fazer com elas. - Ofende-se facilmente
Pessoas com elevado QE são autoconfiantes e sabem rir-se delas próprias. Conseguem utilizar o humor em várias situações, reenquadrando muitos eventos que lhe ocorrem no dia-a-dia, sem se deixarem sentir ofendidas. Claro que em situações de ofensa verdadeira e rebaixamento, tomam decisões assertivas de forma a tentar resolver a situação.
Tradução adaptada de https://www.entrepreneur.com/article/288181