As emoções têm vindo a ser alvo de estudo há muito tempo, mas nem sempre têm tido este nome.
No século XIX foi quando surgiu o conceito de Emoção na língua inglesa, adaptada do termo Francês “émotion”, que significava algo que agita as coisas, movimento.
Claro que as pessoas já sentiam emoções antes, mas davam outros nomes, como paixões ou apetites.
Antes dessa época, valorizava-se o conceito de alma, mas desvalorizavam-se as emoções. Eram algo que se intrometiam na razão humana, algo que impedia a lógica.
Aristóteles, foi um filósofo, que tinha uma visão diferente, considerando-as muito importantes, entendendo-as como algo que se situava entre uma cognição elevada e uma vida sensual inferior.
A partir do século XIX várias correntes da psicologia XX, tentaram limitar o que é denominado experiência emocional.
Para o comportamentalismo, que foi a corrente dominante durante a primeira metade do século XX, estas eram consideradas fenómenos confusos e com pouco poder explicativo, sendo caracterizado pela subjetividade e pouco científico. Para esta visão da psicologia, aquilo que fossem processos interno, como as emoções, não podiam ser estudados.
Entretanto, a partir dos anos 60 e 70 do século XX, as emoções deixaram de ser encaradas como fenómenos inconvenientes e não científicos e os investigadores consideraram o estudo deste tema e começou a surgir mais investigação.
Este interesse foi particularmente evidente na Europa, onde as emoções ocuparam um lugar central em certas filosofias, mas não tanto na América do Norte, onde existe um foco grande na lógica e estas continuaram a ser pouco valorizadas.
Definição de emoção
As emoções podem ser consideradas um dos conceitos mais difíceis de explicar e, desde que em 1884, William James perguntou “O que é uma emoção?”, surgiram dezenas de definições. Ainda não existe uma definição consensual e aceite pela generalidade dos investigadores da área ou capaz de abranger toda a investigação já realizada, parecendo que “todas as pessoas sabem o que é uma emoção, até lhes pedirem que deem uma definição” (Fehr & Russell 1984, p. 464).
Podemos, no entanto, identificar três elementos que, de uma forma relativamente consensual, são considerados essenciais para uma definição de emoção:
- O primeiro refere-se à presença de reações ou alterações fisiológicas, sendo que cada emoção parece vários padrões de reações fisiológicas, o qual pode incluir alterações no sistema nervoso autónomo;
- Um segundo conjunto de variáveis é referido como ‘tendências para a ação’, onde estão incluídas ações como aproximação ou afastamento de um lugar ou de uma pessoa ou, ainda, a adoção de uma determinada postura corporal (Lazarus, 1991a);
- A última componente refere-se à experiência subjetiva da emoção. O que as pessoas descrevem relativamente ao que estão a experienciar quando se sentem irritadas, ansiosas, ou orgulhosas, descreve as condições que geram uma emoção ou indica os objetos em questão ou as crenças subjacentes às suas reações.
Uma definição então pode ser que as emoções são um conjunto de programa de ações de forma a respondermos de forma biologicamente vantajosa.