Este artigo compila um conjunto de estratégias simples que vão ajudar-te a organizares-te de forma a potenciares as tuas aptidões, mas antes, duas notas importantes:
- Tens que ter consciência que és tu que, com base nas tuas decisões, comandas a tua vida e o que te acontece não é exclusivamente fruto do dia a dia ou do acaso;
- Tens que ter consciência que o processo de investirmos em nós pode ter um efeito parábola muito similar às inscrições no ginásio logo em janeiro. Começamos cheios de “pica” e sedentos de ver resultados, excedemo-nos para tentar acelerar o processo de ver resultados, mas os resultados demoram, a rotina de anos e anos pesa e, quando damos por nós, estamos em março e não vamos ginásio há um mês. Em ambos os casos, há que ir com calma, ganhar/executar poucas(os) novas(os) rotinas/exercícios de cada vez até fazerem parte do nosso dia a dia e ser paciente. Os resultados aparecerão.
Dito isto, avancemos com as 8 estratégias.
#1 Analisa o teu caminho para a felicidade
Cliché? Sim, mas necessário. Basicamente, isto implica conheceres quem tu és e, para tal, precisas de saber quais os teus pontos fortes e quais as tuas limitações e o que fazer em relação a elas (ou potencias, manténs, modificas ou eliminas). No entanto, há que olhar para o nosso potencial e limitações com cuidado porque se és um elefante, mas queres ser uma águia, isso não vai acontecer. Sê o melhor elefante que conseguires.
#2 Vive a tua vida e não a dos outros
Somos diariamente bombardeados com aspirações e influências vindas de terceiros, quer através da comunicação social, digital ou do nosso círculo de amigos/familiares. Muitas pessoas criam expectativas com base no que a sociedade lhes incute que é “o normal” para ter um certo “status”, por exemplo: que tipo de carro deves conduzir, onde deves ir de férias, que tipo de roupa tens que vestir, como o teu corpo deve ser, que tipo de relacionamento deves ter, etc…
Realmente, há vidas que parecem fantásticas e gostaríamos de as ter para nós, mas o que é facto é que só temos a vida que temos, por isso para e pensa “o que é que eu quero realmente para mim?”, “o que é que para mim faz-me verdadeiramente feliz?”. Atenção, é positivo procurar inspiração, conselhos ou referências, mas que seja em linha com as tuas verdadeiras ambições e objetivos pessoais para criares o percurso de vida ideal para ti.
#3 Cria objetivos realistas
Usa a estratégia SMART para criares os teus objetivos, ou seja, eles têm que ser:
S – Significativos (e específicos) – requer que definas o teu objetivo com detalhe;
M – Mensuráveis – com metas numéricas (por exemplo, dentro de x meses vou conseguir isto)
A – Atingíveis (e razoáveis) – por exemplo, se o teu objetivo é perder peso, não é razoável teres como meta perder 20 kilos numa semana, mas torna-se razoável se a meta for 4 meses o que equivale perder 1,25 kg, em média, por semana.
R – Relevantes (ou recompensadores)
T – Temporais (possíveis de acompanhar no tempo)
#4 Pensa a longo-prazo, mas de forma a começares HOJE
A vida não é uma prova de 100 metros, mas sim uma ultramaratona.
Por isso, primeiro cria um plano geral daquilo que pretendes concretizar (por exemplo, para um período de 10 anos) e identifica os objetivos-chave que pretendes alcançar.
Em seguida, fragmenta esse plano em pequenos objetivos e metas a atingir (por exemplo, fragmentar em planos anuais ou semestrais).
Por último e depois de tudo isto elaborado, foca-te no primeiro fragmento e começa a trabalhar nos primeiros objetivos e metas a atingir.
À medida que te tornas mais acostumado/a a enfrentar pequenos desafios e a ultrapassá-los com alguma disciplina e agilidade, lidares com passos mais exigentes será uma etapa natural.
#5 Apoios
Para ajudar-te diariamente na concretização dos teus objetivos e metas, cria listas diárias com as coisas que tens de fazer (as to-do-list).
A forma como organizas a tua to-do-list deve essencialmente refletir a forma como tu trabalhas melhor, contudo, recomendamos que a organizes por prioridades, mas incluindo primeiro as tarefas que consegues concretizá-las mais rapidamente.
O ires riscando da lista várias tarefas sucessivas, à medida que as concretizas, dá-te um sentido de pequenas vitórias, confiança e alento para passares para as tarefas mais exigentes e consumidoras de tempo.
#6 Compreende como usas o teu tempo
Pensa no tempo como dinheiro, ou seja, só há duas formas de o usares: ou gastas ou investes.
Tu tens uma quantidade finita de dinheiro e podes escolher gastá-lo em várias coisas que precisas ou desejas. Quando essa quantidade finita esgota, já não há mais.
O mesmo acontece com o tempo. Se tu decides dar uma hora do teu tempo, ou seja, analisaste as tuas opções e optaste por usar o teu tempo numa atividade que em nada contribui para os teus objetivos, esse tempo é perdido e já não volta atrás.
Investir o dinheiro implica colocares os teus ativos em negócios, imobiliário, ações de empresas, entre outros, que, supostamente no futuro irás obter retorno. Ou seja, deves investir em áreas que à partida tudo leva a crer que, no futuro, compensarão o investimento através do retorno financeiro que irão propiciar. O mesmo se aplica ao tempo.
Muitas pessoas afastam-se do seu percurso de vida porque “a vida acontece” e depois é difícil recuperar o equilíbrio. Sim, é difícil, mas não impossível. O truque é evitar que o teu tempo seja um desperdício.
Assume controlo sobre o teu tempo, tira tempo para compreenderes como deves aplicar o teu tempo e depois foca-te.
#7 Flexibilidade
Uma das chaves para o sucesso é perceber que os nossos objetivos e metas são fluidos, logo temos que perceber que ao longo do percurso, o nosso plano de ação necessitará de atualizações. Os teus objetivos hoje podem e devem ser diferentes dos teus objetivos daqui a 5 anos, isto porque não consegues prever tudo o que te vai acontecer até lá.
Contudo, não é normal mudares os teus objetivos e metas várias vezes num ano, isso pode significar que não refletiste bem sobre o que tu pretendes realmente e como lá chegar.
#8 Don’t feed the Trolls (Não alimentes os Trolls)
Esta expressão tem sido muito utilizada ultimamente. Os Trolls são pessoas que iniciam discussões e fazem destilação de ódio e raiva, só porque sim. E porque estas pessoas afastam-nos da produtividade e do nosso bem-estar, não devemos alimentá-las (ouvi-las, responder, deixar-nos afetar pelo queixume e pela negatividade que emanam).
Quando começas a investir em ti e a seguir um novo caminho, algumas pessoas mais próximas podem sentir-se desconfortáveis. De repente, já não pertences à caixinha mental a que te associaram inicialmente e como sais da zona de conforto, algumas pessoas poderão usar a ridicularização como ferramenta social para te “recuperarem”.
Inevitavelmente, à medida que avanças e atinges os teus objetivos, vais-te deparar com alguns “Trolls” e, quando isso acontecer, simplesmente não os alimentes.
Tradução adaptada de http://steveolsher.com/top-10-strategies-to-accomplish-your-new-years-goals-and-objectives/